Olá pessoal!
Hoje gostaria de contar a minha experiência no restaurante Epice, em São Paulo.
Aberto em 2010, o restaurante possui uma filosofia bacana, trabalhando com produtos frescos e priorizando fornecedores locais. Alberto Landgraf começou sua carreira em Londres e trabalhou em alguns restaurantes com chefs renomados pela Europa. Rapidamente ele chamou atenção na cidade e ganhou o prêmio de chef revelação na edição de 2011 da Veja “Comer e Beber”.
Eu havia lido maravilhas em diversos sites e blogs sobre o Epice, o que fez com que eu criasse uma expectativa muito alta. Acabei me decepcionando um pouco, diante deste cenário prévio construído. No entanto, destaco que não havia nada ruim, apenas aprimoramentos a serem realizados. Definitivamente é um restaurante em construção que se apresenta bastante promissor…
O ambiente é o que se espera de restaurante “moderninho-sofisticado” de São Paulo. Tudo certinho e salão levemente escuro. Eu, particularmente, prefiro ambientes mais acolhedores, nos quais eu me sinto em casa. Mas vamos ao que interessa: a comida!
O cardápio é enxuto e bem variado. Pelas descrições dos pratos, quis provar tudo. Iniciamos nossa experiência com os bons pães do couvert. Vale a pena pedir. São servidos quatro tipos de pães acompanhados de azeite, manteiga e flor de sal.
Depois decidimos compartilhar duas entradas. Na minha opinião, foram o ponto fraco do jantar, passaram despercebidas. Uma foi “gnocchi de abóbora, abóbora sauté, shimeji, gelatina de parmesão, creme de abóbora e amendoim“. Não consegui sentir todos esses ingredientes ali. Me pareceu uma coisa só de textura muito mole, talvez pelo excesso de creme por cima de todo o prato.
A outra foi “mandioquinha assada, tutano de wagyu, suco de agrião e farelo de avelã“. Achei a mandioquinha muito seca e pesada. Foi o prato que menos gostei a noite toda.
Pedimos três pratos principais. Um deles foi o “robalo sauté, farofa de amêndoas, pure de limão, alho porró, cerefólio e molho vierge“. Muito bom! O purê de limão é realmente forte e surpreendente. Outra pedida da mesa foi o “entrecôte Aberdeen Angus, purê de batata, cenoura amanteigada, molho de foie gras e vinho tinto“. Gostei também, só achei que a cenoura não acrescentou nada ao prato. O último foi o que eu pedi, “confit de paleta de leitão, abóbora japonesa, lasanha de leitão e leite de amêndoas“. Diferente, presença forte e gostoso.
Para finalizar, pedimos uma sobremesa e ganhamos uma provinha de outra. Acabamos gostando mais da provinha. A seleção oficial foi o “sorbet de chocolate, beignet de banana caramelada, gelatina de Jack Daniel’s com mel e cacau moído“. Boa textura do sorbet e boa banana. A gelatina de Jack Daniel’s não fez muita diferença, sinceramente. O que me incomodou um pouco foi o cacau, talvez tivesse muita quantidade, de modo que seu amargor predominante ofuscou o restante dos ingredientes.
Já o “ravioli de abacaxi, mousse de coco, sorbet de abacaxi e tuile de abacaxi” foi sensacional. Sobremesa extremamente refrescante e delicada. Eu, que nunca fui fã de doces com abacaxi, adorei!
O total do jantar ficou em torno de R$ 135 por pessoa. O restaurante ainda oferece menu executivo no almoço durante a semana por aproximadamente R$ 50, que inclui couvert, entrada, prato principal e sobremesa, aparentemente apresenta um excelente custo-benefício. Fiquei curiosa para provar.
R. Haddock Lobo, 1002
Jardins – São Paulo
Tel: (11) 3062-0866
Maysa