Oi pessoal,
Depois de apresentar as melhores dicas de San Martín de los Andes, vou detalhar algumas dessas experiências aqui. Começarei pelo maior atrativo no inverno dessa pequena cidade da Patagônia Argentina: Cerro Chapelco.
A duas horas de vôo distante de Buenos Aires, Cerro Chapelco tem uma altura de 1.980 metros sobre o nível do mar. Conta com 28 pistas com diferentes níveis de dificuldade (sinalizadas com as cores verde, azul, vermelha e preta), distribuídas em 1.600 hectares de área esquiável, com inclinações entre 20 e 45 graus e com o maior comprimento atingindo 5,3 km.
A melhor época para agendar suas férias na neve em Chapelco são nas três primeiras semanas do mês de agosto, sendo que na terceira os preços costumam ser mais baratos. Para quem não tiver o equipamento ou roupa apropriada, existem diversas lojas de aluguel em San Martín. Nós alugamos nossas pranchas e botas na Al Borde Outdoors, próxima à Plaza San Martín e ao escritório de Cerro Chapelco, onde é retirado o skipass. Tanto o escritório quanto a loja de aluguel estão localizados na rua Mariano Moreno e são as primeiras paradas após chegar em San Martín. O skipass é um cartão que dá acesso diário ao Chapelco Ski Resort e libera as catracas dos teleféricos na base da estação. Nosso pacote foi para seis dias na montanha. O transporte que leva até lá é um serviço oferecido pelas pousadas. Na nossa pousada, La Posta del Cazador, o ônibus tinha três saídas programadas: 8h40, 10h00 e 12h00. Para a volta, os ônibus desciam a montanha a cada meia hora entre 16h30 e 18h30.
Cerro Chapelco é formado por 12 meios de elevação. Existem duas opções de subir a montanha para a base principal a 1.600 m de altitude: a telecabine e o teleférico aberto. A telecabine é a mais utilizada, comporta seis pessoas e os equipamentos vão acomodados do lado de fora da cabine. É a opção ideal para os iniciantes ou para quem vai subir a montanha para fazer programas alternativos como caminhadas com raquetas e passeios de trenó com cachorros e de motos de neve. O teleférico aberto requer uma certa prática no esporte porque os equipamentos já vão acoplados aos pés e para sair dele, deve-se sair esquiando. Esse é o maior desafio quando se aprende a esquiar: sair do teleférico sem cair, principalmente para quem faz snowboard, que tem que deixar o acento de lado, com um pé preso na prancha e o outro apoiado. Para os experientes, o teleférico aberto acaba sendo a melhor opção, a mais vazia e mais rápida. Nos dias de neve boa, faz toda a diferença chegar primeiro no alto da montanha e estrear as pistas, deixando as primeiras marcas na neve.
Na base principal (1.600 m) é onde os passeios alternativos são contratados e onde ocorrem as aulas para iniciantes, em grupo ou individuais. Para quem é novo no esporte, vale muito a pena fazer aula para aprender os conceitos e movimentos fundamentais. Depois é questão de prática e confiança.
As pistas de Chapelco tem uma distribuição muito bem organizada. As mais avançadas estão localizadas no topo da montanha, então só sobe lá quem realmente quer se aventurar nas maiores inclinações. Por outro lado, as árvores espalhadas por toda a estação formam trechos fora de pista que permitem os adeptos de pistas intermediárias e mais tranquilas, como as azuis, cortarem alguns caminhos por entre as árvores, no meio da floresta. Isso também ajuda os casais com habilidades distintas permanecerem relativamente juntos. O mais experiente vai cortando os troncos pelos trechos fora de pista, enquanto o outro vai descendo a pista com calma e tranquilidade. E acabam chegando juntos à base.
O snowpark ganhou um novo espaço em Chapelco desde a nossa última viagem. Agora ele está localizado ao lado de uma pista entre as bases de 1.700 m e 1.600 m. O fácil acesso permite os menos radicais tentarem uns pequenos saltos ou somente assistir e registrar a diversão dos amigos mais avançados.
Chapelco dispõe de nove cabanas espalhadas pela montanha. Cada uma tem a sua especialidade, com direito a fast-food, cozinha gourmet, pratos típicos regionais, churrasqueiras e cafeteria. Nossos pedidos costumavam variar entre té, cappuccino, cervezas, empanadas, provoletas, papas fritas, hamburguesas, hot-dogs e waffles. Momentos de prazer e relaxamento!
Já deu vontade de voltar! O próximo post será sobre o nosso programa noturno em Chapelco, com o trekking con raquetas, o melhor jantar da viagem e o retorno para a base em motos de neve. Inesquecível!
Paula
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[…] de los Andes foram listadas as melhores dicas de viagem por lá, entre elas, o passeio à noite em Cerro Chapelco. Essa é uma experiência única e inesquecível. Se já não bastasse ver como é uma estação de […]
[…] Cerro Chapelco tem qualidades que o tornam muito especial. Possui uma grande variedade de pistas, aptas para todos os níveis de experiência. É recheado por um bosque nativo de lengas, que além de enriquecer muito a paisagem, forma diversos trechos “fora de pista” entre as árvores e próximo das pistas principais. As próprias árvores também ajudam a preservar a neve do cerro com sombras amplas. Um grande diferencial de Chapelco é contar com um solo sem rochas e com grama abundante, o que permite esquiar com pouca neve. […]
[…] motivo das nossas duas viagens pra lá foi o snowboard em Cerro Chapelco, o que envolve uma programação diurna intensa na montanha. Por isso é bom aproveitar os dias de […]